quarta-feira, 29 de abril de 2009

E por falar em versões.. II


Eu sempre achei esta música linda (penso que é de1979) cantada por Simone. Em 2002 Jane Monheit no seu álbum “The Sun” cantou numa versão em estilo Jazz. Até que ficou bem bonitinha e o sotaque é engraçadinho, mas gosto mais da versão original da Simone… claro sem desprimor para a Jane Monheit. Cada uma no seu estilo.


Simone - Começar De Novo

Jane Monheit - Começar De Novo

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Amália Hoje - Gaivota

Lindo... Lindo... Lindo...
E o CD já cá canta :-)

Amália - Hoje

Sónia Tavares dos The Gift, canta “Gaivota”



Se uma gaivota viesse
Trazer-me o céu de Lisboa
No desenho que fizesse

Nesse céu onde o olhar
É uma asa que não voa
Esmorece e cai no mar

Que perfeito coração
No meu peito bateria
Meu amor na tua mão
Nessa mão onde cabia
Perfeito o meu coração

Se um português marinheiro
Dos sete mares andarilho
Fosse quem sabe o primeiro

A contar-me o que inventasse
Se um olhar de novo brilho
No meu olhar se enlaçasse

Que perfeito coração
No meu peito bateria
Meu amor na tua mão
Nessa mão onde cabia
Perfeito o meu coração


Se ao dizer adeus à vida
As aves todas do céu
Me dessem na despedida

O teu olhar derradeiro
Esse olhar que era só teu
Amor que foste o primeiro

Que perfeito coração
Morreria no meu peito
Meu amor na tua mão
Nessa mão onde perfeito
Bateu o meu coração

(Alain Oulman / Alexandre O'Neill)

“As almas encontram-se nos lábios dos enamorados.”




“As almas encontram-se nos lábios dos enamorados.”
“Soul meets soul on lovers' lips.”


Percy Bysshe Shelley


Foto: Tim Flach (peterbailey.co.uk)

sábado, 25 de abril de 2009

25 de Abril de 1974 - Revolução dos Cravos

Esta madrugada faz 35 anos em que a Liberdade saiu à rua, num país ‘Onde a terra se acaba e o mar começa’, num tempo em que nada acabava porque nada começava… por estar sempre tudo na mesma. E naquela madrugada tudo mudou! A minha memória desse dia é algum vaga. São pequenas peças de puzzle. Lembro da ansiedade da minha mãe por o meu irmão já ter saído para o trabalho e do nervosismo do meu pai e de um amigo da família. Muito aquele rádio de válvulas tocava …. e tocava algum diferente do que eu tinha ouvido até aquele dia. E o nosso amigo gesticulava e falava ”… agora podemos falar…” e “…o teu filho já não vai para o Ultramar…”… e eu não entendia ainda aquelas palavras e aquele dia. Sentia que estava a ser diferente e não era só por a minha mãe não me ter deixado ir à escola e ter ficado em casa a ver desenhos animados na televisão… sentia algum mas ainda não compreendia o quão importante seria aquele dia daí para a frente.


No dia seguinte a minha mãe levou-me à escola. Quando a minha mãe me deixou a professora virou-se para mim e disse “Que foi? Não vieste? Tiveste medo?” Como se uma criança de 7 anos tivesse o poder de decisão de ir ou não à escola. E eu nada disse. Hoje responderia “O dia de ontem aconteceu para eu não ter medo!”


Dedico este post a todos os homens e mulheres que lutam pela
Liberdade, Igualdade e Direitos…

… no Passado, no Presente e no Futuro.






“Há diversas modalidades de Estado: os estados socialistas, os estados corporativos e o estado a que isto chegou! Ora, nesta noite solene, vamos acabar com o estado a que chegámos. De maneira que quem quiser vem comigo para Lisboa e acabamos com isto. Quem é voluntário sai e forma. Quem não quiser vir não é obrigado e fica aqui.”

Frase de Salgueiro Maia, na madrugada de 25 de Abril de 1974 na Escola Prática de Cavalaria.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Pedra Filosofal




Eles não sabem que o sonho
É uma constante da vida
Tão concreta e definida
Como outra coisa qualquer

Como esta pedra cinzenta
Em que me sento e descanso
Como este ribeiro manso
Em serenos sobressaltos

Como estes pinheiros altos
Que em verde e oiro se agitam
Como estas aves que gritam
Em bebedeiras de azul

Eles não sabem que o sonho
É vinho, é espuma, é fermento
Bichinho álacre e sedento
De focinho pontiagudo
No perpétuo movimento

Eles não sabem que o sonho
É tela, é cor, é pincel
Base, fuste ou capitel
Arco em ogiva, vitral,
Pináculo de catedral,
Contraponto, sinfonia,
Máscara grega, magia,
Que é retorta de alquimista

Mapa do mundo distante
Rosa-dos-ventos, infante
Caravela quinhentista
Que é cabo da boa-esperança


Ouro, canela, marfim
Florete de espadachim
Bastidor, passo de dança
Columbina e arlequim


Passarola voadora
Pára-raios, locomotiva
Barco de proa festiva
Alto-forno, geradora

Cisão do átomo, radar
Ultra-som, televisão
Desembarque em foguetão
Na superfície lunar


Eles não sabem nem sonham
Que o sonho comanda a vida
E que sempre que o homem sonha
O mundo pula e avança
Como bola colorida
Entre as mãos duma criança




Poema: António Gedeão
Música: Manuel Freire
Foto: Tim Laman

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Trova do Vento que Passa


Pergunto ao vento que passa
notícias do meu país
e o vento cala a desgraça
o vento nada me diz.

Pergunto aos rios que levam
tanto sonho à flor das águas
e os rios não me sossegam
levam sonhos deixam mágoas.

Levam sonhos deixam mágoa
sai rios do meu país
minha pátria à flor das águas
para onde vais? Ninguém diz.

Se o verde trevo desfolhas
pede notícias e diz
ao trevo de quatro folhas
que morro por meu país.

Pergunto à gente que passa
por que vai de olhos no chão.
Silêncio -- é tudo o que tem
quem vive na servidão.

Vi florir os verdes ramos
direitos e ao céu voltados.
E a quem gosta de ter amos
vi sempre os ombros curvados.

E o vento não me diz nada
ninguém diz nada de novo.
Vi minha pátria pregada
nos braços em cruz do povo.
Vi minha pátria na margem
dos rios que vão pró mar
como quem ama a viagem
mas tem sempre de ficar.

Vi navios a partir
(minha pátria à flor das águas)
vi minha pátria florir
(verdes folhas verdes mágoas).

Há quem te queira ignorada
e fale pátria em teu nome.
Eu vi-te crucificada
nos braços negros da fome.

E o vento não me diz nada
só o silêncio persiste.
Vi minha pátria parada
à beira de um rio triste.
Ninguém diz nada de novo
se notícias vou pedindo
nas mãos vazias do povo
vi minha pátria florindo.
E a noite cresce por dentro
dos homens do meu país.
Peço notícias ao vento
e o vento nada me diz.

Mas há sempre uma candeia
dentro da própria desgraça
há sempre alguém que semeia
canções no vento que passa.

Mesmo na noite mais triste
em tempo de servidão
há sempre alguém que resiste
há sempre alguém que diz não.


Música: Adriano Correia de Oliveira
Poema: Manuel Alegre - Trova do Vento que Passa
Foto: Desconheço o autor

terça-feira, 21 de abril de 2009

Freedom


Ai que prazer
Não cumprir um dever,
Ter um livro para ler
E não o fazer!
Ler é maçada,
Estudar é nada.
O sol doira
Sem literatura.

O rio corre, bem ou mal,
Sem edição original.
E a brisa, essa,
De tão naturalmente matinal,
Como tem tempo não tem pressa...

Livros são papéis pintados com tinta,
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.

Quanto é melhor, quando há bruma,
Esperar por D. Sebastião,
Quer venha ou não!

Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar, e o sol, que peca
Só quando, em vez de criar, seca.

O mais do que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças
Nem consta que tivesse biblioteca...


Poema: Fernando Pessoa "Liberdade"

Foto: Geof Markovich "Freedom"

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Coisas minhas



Ainda se lembram dos ‘Walkman’s’?
Quantas musiquinhas ouvi ao som deste meu companheiro de viagem, ia comigo para todo o lado. Acompanhava-me nas minhas caminhadas e viagens. E com ele ia as cassetes e as pilhas!! Quantos apetrechos!! E ainda funciona muito bem.

Hoje é tudo mais fácil e leve, não é? Mas não deixa de ser curioso por lado a lado estas tecnologias com alguns (e não tantos como isso) anos de distância, sim… no seu tempo este walkman foi o mais moderno que havia. Agora, para muitos pertence ao ‘Jurássico’, mas para mim têm memórias.

Clic, lembras-te das cassetes que mencionas-te aqui? Ainda as tenho e funcionam!! :-))))

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Simplicidade de uma vila na Escócia

Não resisti em colocar aqui.
Reparem em alguns rostos antes da Susan começar a cantar.
Não devemos julgar pelas aparências, pois nem tudo o que luz é ouro.
E a Susan é luz e ouro.

Beijinhos musicais e um excelente fim-de-semana.

Susan Boyle (Britains Got Talent '09')
dreamed a dream from Les Miserables.

I dreamed a dream in time gone by
When hope was high,
And life worth living
I dreamed that love would never die
I dreamed that God would be forgiving.

Then I was young and unafraid
When dreams were made and used,
And wasted
There was no ransom to be paid
No song unsung,
No wine untasted.

But the tigers come at night
With their voices soft as thunder
As they tear your hopes apart
As they turn your dreams to shame.


And still I dream he'll come to me
And we will live our lives together
But there are dreams that cannot be
And there are storms
We cannot weather...


I had a dream my life would be
So different from this hell I'm living
So different now from what it seems
Now life has killed The dream I dreamed.

Telepatia



Telepatia - Lata Li

Telepatia, silêncio, calma
Feitiçaria da tua alma
Passo a passo, sem ter medo
Abrimos, soltámos o nosso segredo

E a sorrir devoramos o mundo
Num abraço tão profundo

Telepatia, sem contratempo
Deixei-te um dia, num desalento

E eu sonhava, existia
P'ra sempre, p'ra sempre foi pura poesia
Sem pensar não vi que passavas
Pelo meu corpo não ficavas

E a sorrir devorámos o mundo
Num abraço tão profundo

Telepatia, silêncio, calma
Feitiçaria da tua alma

Telepatia
Telepatia



Foto: Lillian Bassman

terça-feira, 14 de abril de 2009

Adágio of Spartacus and Phrygia – Aram Khachaturian


Tenho momentos assim… adoro escutar e sentir certos sons musicais.
Este adágio é um dos que mais gosto. Acho simplesmente maravilhoso.


Adágio of Spartacus and Phrygia – Aram Khachaturian






domingo, 12 de abril de 2009

No teu poema



Simone de Oliveira



No teu poema
Existe um verso em branco e sem medida
Um corpo que respira, um céu aberto
Janela debruçada para a vida


No teu poema
Existe a dor calada lá no fundo
O passo da coragem em casa escura
E, aberta, uma varanda para o mundo.


Existe a noite
O riso e a voz refeita à luz do dia
A festa da Senhora da Agonia
E o cansaço
Do corpo que adormece em cama fria.


Existe um rio
A sina de quem nasce fraco ou forte
O risco, a raiva e a luta de quem cai
Ou que resiste
Que vence ou adormece antes da morte.


No teu poema
Existe o grito e o eco da metralha
A dor que sei de cor mas não recito
E os sonhos inquietos de quem falha.


No teu poema
Existe um cantochão alentejano
A rua e o pregão de uma varina
E um barco assoprado a todo o pano


Existe um rio
O canto em vozes juntas, em vozes certas
Canção de uma só letra e um só destino a embarcar
No cais da nova nau das descobertas


Existe um rio
A sina de quem nasce fraco ou forte
O risco, a raiva e a luta de quem cai
Ou que resiste
Que vence ou adormece antes da morte.


No teu poema
Existe a esperança acesa atrás do muro
Existe tudo o mais que ainda me escapa
E um verso em branco à espera de futuro.



(Cantado por Carlos do Carmo no Festival da Canção em 1976)

Letra e Música: José Luís Tinoco

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Uma Boa Páscoa.


Desejo uma Boa Páscoa com muitas Bom-Bokas, Ovos e Amêndoas, com Before ou After das Eight… mas principalmente muito doce junto daqueles que amam.

Beijocas doces e sorridentes.


terça-feira, 7 de abril de 2009

Numa parede algures em Lisboa.



“As horas batem indiferentemente para todos e soam diferentemente para cada um.”


Condessa Diane de Beausacq

domingo, 5 de abril de 2009

Fotografia


Este fim-de-semana, depois de tantos de trabalho, aproveitei para passear e divertir-me um pouco. Como adoro fotografar e fazia algum tempo que não o fazia, andei por aí de máquina na mão.
E para variar lá andei a fotografar a Lisboa, porque cada vez que a vejo existe sempre um novo ângulo de captar a sua beleza.





quinta-feira, 2 de abril de 2009

Do you remember?




Phil Oakley - Together In Electric Dreams

I only knew you for a while
I never saw your smile
Till it was time to go
Time to go away (time to go away)

Sometimes its hard to recognise
But comes as a surprise
And its too late
It's just to late to stay (to late to stay)

We'll always be together
However far it seems (love never ends)
We'll always be together
Together in electric dreams

Because of the friendship that you gave
Has taught me to be brave
No matter where I go
I'll never find a better prize (find a better prize)

Though your miles and miles away
I see you everyday

I don't have to try

I just close my eyesI close my eyes

We'll always be together

However far it seems (love never ends)

We'll always be together

Together in electric dreams

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Ohhhhhh......

Ohhhh..... Já não posso ir ao Jantar Cunbibio.

E já não posso ir a Badajoz comprar caramelos!!!

Tou bué de furibunda... pois tou!!!

Tou.. tou... e tou... prontos!!!

.
Não há condições!!!