Conta a lenda que Lisboa teria sido fundada por Ulisses após a guerra de Tróia. Seja mito ou verdade, passou a fazer parte da história de Lisboa. Até Camões fez referência a Ulisses na sua epopeia Os Lusíadas.
Por volta de 1200 a.c., os Fenícios fundaram uma povoação a que deram o nome de Alis Ubbo («enseada amena»).
Olisippo Felicitas Júlia, era o nome da cidade de Lisboa na época dos romanos. No século I antes da nossa era, foi concedido a Olisippo o estatuto de municipium civium romanorum. Os habitantes da cidade passaram a usufruir dos mesmos direitos que os cidadãos de Roma e tinham grande autonomia.
Depois vieram as invasões bárbaras, a partir do século V da nossa era. Alanos, Vândalos, Suevos e os Visigodos. Os Visigodos, já no século VI, alteraram o nome da cidade para Ulixbuna ou Ulixbona. Com a vinda dos árabes, no século VIII, veio também a mudança (mais uma vez) do nome da cidade para Al-Usbuna.
As ruínas do forte jazem actualmente por baixo de edifícios encimados por uma floresta de antenas parabólicas, por todo o lado cercados por gruas, fabricas e construções de um complexo industrial implantado sem a mais pequena preocupação de planeamento.
E de onde vem o termo saloio?
O çalaio ou salaio, era um imposto (já após a conquista da cidade por D. Afonso Henriques) que os moradores da Mouraria e os mouros pagavam ao Rei por cultivarem os campos aí perto.
Hoje é difícil imaginar isso, não é?
Daí o termo saloio, de conotação pejorativa, aplicava-se às populações dos arredores de Lisboa e ainda hoje se utiliza para designar pessoas ligadas à terra, incultas e tacanhas.