domingo, 30 de janeiro de 2011

Poema: Numa concha




Pudesse eu ser a concha nacarada,
Que, entre os corais e as algas, a infinita
Mansão do oceano habita,
E dorme reclinada
No fofo leito das areias de ouro...
Fosse eu a concha e, ó pérola marinha!
Tu fosses o meu único tesouro,
Minha, somente minha!



Ah! com que amor, no ondeante
Regaço da água transparente e clara,
Com que volúpia, filha, com que anseio
Eu as valvas de nácar apertara,
Para guardar-te toda palpitante
No fundo de meu seio!


Poema de Olavo Bilac

Foto: Dirk Juergensen



4 comentários:

Silenciosamente ouvindo... disse...

Foi um prazer chegar a este blogue.
Temos sintonia na escolha de título
para blogue, porque eu tenho um
que é http://sinfoniaesol.wordpress.com
Voltarei.
Saudações bloguistas.
Irene

Smile disse...

Olá Silenciosamente ouvindo...
benvinda a este meu cantinho.
Já irei visitar o seu :-)
Volte sempre.

Saudações bloguistas :-)

Silenciosamente ouvindo... disse...

Adoro Fernão Capelo Gaivota e também adoro gaivotas e de certa
forma elas têm feito parte da
minha vida.
Beijinhos.
Irene

Smile disse...

Silenciosamente...
era para comentar o post de Fernão Capelo Gaivota não é? :-)
Eu também já li o livro e é do melhor ;-)
Beijinhos